Aprendendo o Duro Trabalho dos Agricultores e Compartilhando a Alegria da Colheita
Daejeon, Coreia
Nº 1) Jo Seong-chan, de Daejeon, Coreia
No dia 15 de outubro, quando o outono estava em seu máximo esplendor, os jovens de Daejeon elaboraram um plano para ajudar alguns agricultores que passavam um momento difícil por falta de mão de obra. Vencendo a tentação do sono da manhã do fim de semana que tem sabor de mel, mais de 150 jovens se apressaram rumo a uma horta de batatas-doces e a uma horta de ginseng em Jinan, província de Jeollabuk, e a uma horta de cúrcuma em Gyeryong, província de Chungcheongnam. Entre eles, eu fui à horta de batatas-doces para ajudar.
“Furem a terra com um ancinho, a levantem algumas vezes, e peguem cuidadosamente as batatas-doces com uma enxada. Juntem todos os talos num canto do sulco. Por favor, tenham cuidado com as batatas-doces para que não tenham nenhum arranhão.”
Começamos a trabalhar depois de ouvir as instruções do agricultor. Não parecia muito difícil, contudo, não foi fácil como eu havia pensado. Não tinha nem ideia de quão profundo devia furar a terra com o ancinho, e minhas costas começaram a doer não muito tempo depois de começarmos a desenterrar as batatas-doces, já que fiquei agachado todo o tempo. A horta de batatas-doces não parecia muito grande, mas era uma tarefa interminável já que havia muitas batatas-doces juntas uma ao lado da outra no campo. Sentia-me culpado cada vez que cravava uma batata-doce e a rasgava, mesmo fazendo todo o possível para ter cuidado. Contudo, o agricultor ancião e sua esposa pareciam muito felizes.
Logo a hora do almoço chegou, e a esposa do agricultor preparou ensopado de kimchi em uma panela de ferro. Levamos nosso próprio lanche para que não tivesse que preparar almoço para nós, mesmo assim o fez e nos disse: “Como poderia não cozinhar para vocês, jovens que são como meus netos, quando vieram para ajudar?”, e deu a cada um de nós uma tigela de sopa deliciosa. A comida que almoçamos, depois do trabalho duro, era mais saborosa. A esposa do agricultor, que nos observava de longe, disse com um sorriso:
“É como uma festa! Uma festa!”.
Teria sido um feriado ordinário se tivéssemos descansado em casa, mas para nós também foi uma festa, porque ajudamos ao nosso próximo derramando suor, e fortalecemos nosso amor fraternal com os irmãos e irmãs de Sião.
Nº 2) Lee Jin-ah, de Daejeon, Coreia
A cúrcuma é uma planta da família do gengibre. É usado como medicina ou é desidratada para ser usada no chá. Cheguei a conhecer sua existência através do serviço voluntário, e me dei conta de que é realmente parecido ao gengibre, já que são da mesma família.
Como a cúrcuma é um tubérculo, deve ser extraída desde a raiz quando é colhida. Contudo, o casal de agricultores já havia tirado tudo e também cortado todos os talos para que ficasse mais fácil para nós. Graças a eles, apenas tivemos que sacudir a terra e pô-las em sacos. Porém, isto também era difícil.
Os sulcos do campo de mais de quatro hectares estavam cheios de cúrcuma. Com luvas, sacudimos a terra, colocamos a cúrcuma em sacos, e fechávamos uma vez que estavam cheios; isto se repetiu todo o dia. Ardia-nos a garganta pelo pó trazido pelo vento, e doíam nossas pernas por nos sentar e levantar repetidamente. Contudo, revisávamos cada canto da terra para não deixar nenhuma cúrcuma e as recolhemos diligentemente.
Ao entardecer, nos levantamos e olhamos o campo pelo qual havíamos cruzado. Centenas de sacos brancos refletiam a luz do sol; foi um espetáculo maravilhoso. Senti-me transbordante de alegria ao pensar que era o fruto do duro trabalho de um ano do casal de agricultores anciãos.
Quando nos preparávamos para partir, o casal de agricultores expressou sua gratidão a cada um de nós. Éramos nós que estávamos mais agradecidos, porque nos permitiram sentir a alegria da colheita outonal assim como o coração de Deus que traz bons frutos do evangelho ao celeiro celestial como o agricultor espiritual.