Ofereçamos culto santo a Deus

33,098 visualizações

O culto é indispensável para honrar e servir a Deus. Através do culto, o povo de Deus recebe o perdão de todos os seus pecados e a bênção da santificação para que possa se aproximar mais de Deus.

Algumas pessoas pensam que o culto é um momento em que simplesmente vão à igreja para ouvir um sermão, como um ritual. No entanto, o culto não é uma simples cerimônia para ouvir sermões de um pregador eloquente, mas certamente tem um significado espiritual que devemos compreender. Cada pregador desempenha apenas o papel de mediador entre Deus e o seu povo e transmite a vontade de Deus através de suas palavras. Mediante a Bíblia, vejamos de novo a importância e o significado do culto que oferecemos a Deus.

O significado do culto contido nos sacrifícios do Antigo Testamento

A lei do Antigo Testamento é uma sombra dos bens vindouros e representa a lei do Novo Testamento, que é a sua realidade (Hb. 10:1). As regras para os sacrifícios que os israelitas ofereciam a Deus nos tempos do Antigo Testamento foram substituídas pelas regras de culto nos tempos do Novo Testamento. Portanto, quando estudamos os sacrifícios dos tempos do Antigo Testamento, nós podemos entender o significado do culto que oferecemos a Deus nos tempos do Novo Testamento.

Os sacrifícios do Antigo Testamento são divididos em vários tipos segundo as suas características, como descritos a seguir. O holocausto oferecido através do aroma ao queimar animais como oferta, como cordeiro e cabra; e a oferta de manjares de flor de farinha. A oferta pacífica como uma forma de agradecer a Deus por sua graça de expiação e para pedir-lhe um desejo cuja característica era a de que aquele que a apresentava podia comê-la junto com o sacerdote. Tanto a oferta pelo pecado quanto a oferta pela culpa, que eram tipos de holocaustos, têm o significado de redenção do pecado, porém ainda há uma pequena diferença entre elas na natureza do pecado: a oferta pelo pecado é necessária quando alguém comete um pecado contra Deus, enquanto a oferta pela culpa é necessária quando uma pessoa peca contra as demais, quer dizer, quando viola as leis sociais.

“E, por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; trá-lo-á ao sacerdote. E o sacerdote fará expiação por ela diante do SENHOR, e será perdoada de qualquer de todas as coisas que fez, tornando-se, por isso, culpada.” Lv. 6:6-7

Como podemos ver através das regras da oferta pela culpa que permitia o perdão de pecados e culpas, os israelitas recebiam o perdão de seus pecados oferecendo sacrifícios a Deus no Antigo Testamento. Se não houvesse sacrifícios a Deus, não haveria maneira de os pecados deles serem perdoados por Deus naquele tempo.

Portanto, o culto conecta o homem com Deus; é como uma escada que liga o céu à terra. Se Deus não tivesse nos dado a lei do culto, não haveria maneira de receber o perdão dos graves pecados que cometemos contra Deus no céu, nem haveria meio de agradecer a Deus por sua graça. Mediante o culto, devemos agradecer e glorificar sinceramente a Deus por perdoar completamente todos os nossos pecados e transgressões que cometemos.

Os que fizeram uma aliança com Deus por meio do culto

Os sacrifícios periódicos costumavam ser oferecidos a Deus regularmente nos dias e tempos designados. Dizendo: “Lembra-te do dia do sábado para o santificar” e: “São estas as festas fixas do SENHOR, as santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado”, Deus nos chama e nos reúne através do culto.

No culto há o chamado de Deus e um encontro com ele. E através desse encontro, Deus nos dá suas instruções. Deus nos ensina o que devemos fazer e o que devemos evitar para sermos salvos e nos diz para irmos a Samaria e até aos confins da terra para difundir os seus mandamentos a todas as pessoas no lugar dele.

Em resposta ao convite de Deus, guardamos os sagrados cultos semanais do dia de sábado, do terceiro dia e das festas solenes anuais. Assistimos aos cultos para encontrarmos com Deus e agradecermos a ele pela sua graça de perdoar todos os nossos pecados do passado e por nos abençoar. Portanto, cada culto é importante, seja do terceiro dia, do dia de sábado ou das festas solenes.

Jesus nos ensinou a importância do culto da seguinte maneira:

“Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” Jo. 4:21-23

Deus disse que ele busca os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Ele também profetizou que enviaria seus anjos na última época para ajuntar seus escolhidos, dos quatros ventos, desde uma à outra extremidade dos céus (Mt. 24:31). Deus está buscando os que adoram o verdadeiro Deus corretamente, para levá-los ao reino celestial.

“Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios.” Sl. 50:4-5

Os que fizeram uma aliança com Deus por meio de sacrifícios são os santos de Deus que ele ajunta. Isso quer dizer que aqueles que fizeram uma aliança com Deus por meio de sacrifícios, ou seja, por meio de cultos, são os que Deus congrega e são o povo de Deus a ser salvo.

Há muitos na terra que dizem crer em Deus. Deus examina cuidadosamente cada um dos atos deles para ver quem guarda com sinceridade os cultos escritos na Bíblia. Sem o culto, ninguém pode estar conectado com Deus e, além disso, desapareceria o padrão que julga se alguém realmente crê em Deus ou não. Portanto, o culto serve como um padrão que determina se eles merecem ser salvos ou não.

Observando o referido, não devemos perder de jeito algum esta preciosa oportunidade de render o culto a Deus, através do qual ele nos chama. Neste tempo em que Deus está ajuntando os seus escolhidos dos quatro ventos, devemos considerar os cultos mais preciosos e os guardar em santidade, como os santos de Deus.

O culto por meio do qual Deus fez uma aliança conosco

Há várias e diferentes igrejas e denominações, que insistem em suas próprias doutrinas e adoram da sua maneira. Então, que tipo de culto pertence a Deus e contém sua aliança? Este é um assunto de grande importância para a salvação de nossas almas. Vejamos através da Bíblia que tipo de culto contém a aliança que Deus prometeu fazer conosco.

“E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. […]” Êx. 12:25-27

Deus ensinou aos israelitas os detalhes dos sacríficos sob a lei, que deviam oferecer a ele. O mais comum era a Páscoa, uma festa de Deus. Ele disse definitivamente: “É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR”. Aqueles que guardam a Páscoa são os que fizeram uma aliança com Deus por meio de sacrifício, e Deus está reunindo essas pessoas.

“Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.” Jr. 31:31-34

O profeta Jeremias profetizou que Deus substituiria os sacríficos da antiga aliança que ele estabeleceu quando tirou os israelitas da terra do Egito pelos sacrifícios da Nova Aliança. Na Nova Aliança, Deus prometeu que “ele será o Deus daqueles que tiverem sua lei escrita em seus corações e que eles serão seu povo”. Nela também há a graça completa do perdão de pecados de que “Deus perdoará as suas iniquidades e dos seus pecados jamais se lembrará”.

De acordo com esta profecia, Jesus veio a esta terra e na Páscoa proclamou a Nova Aliança no sótão de Marcos e nos deu a bênção do perdão de pecados e a vida eterna. Portanto, nós, que rendemos culto da Páscoa a Deus sob a verdade da Nova Aliança, somos certamente o povo celestial que Deus busca. Devemos ter orgulho e manter a dignidade pelo fato de que nós que estamos em Sião onde se celebram as festas solenes somos o povo escolhido de Deus.

O fim daqueles que desprezam os cultos

Alguns dizem: “O mais importante no culto não é a formalidade, mas, sim, o coração”. É claro, nossa mentalidade no culto é importante. Contudo, a Bíblia diz que a fé de alguém sem obras está morta, e que esta não poderá salvá-lo (Tg. 2:14-17). A fé deve ser complementada com obras para estar viva.

Portanto, não devemos tomar levianamente, nem menosprezar o culto a ser rendido a Deus. Pensemos na importância do culto que oferecemos hoje, por meio de alguns personagens da Bíblia que desprezaram as ofertas do SENHOR e foram amaldiçoados.

“Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto eles desprezavam a oferta do SENHOR.” 1Sm. 2:17

A Bíblia descreve que o pecado daqueles que desprezavam a oferta oferecida a Deus foi muito grande perante ele. Hofni e Fineias, os filhos do sacerdote Eli, cometeram o malvado ato de desprezar as ofertas de Deus e foram amaldiçoados e mortos (1Sm. 2:12-34). Isto mostra que nunca devemos menosprezar o culto que rendemos perante Deus.

“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” Hb. 10:26-29

Por meio dos cultos da Nova Aliança, foi dada a nós a oportunidade de sermos perdoados quanto aos pecados que cometemos quando não conhecíamos Deus. Contudo, se deixarmos a Deus e vagarmos novamente no pecado depois de ter recebido a verdade, já não resta sacrifício por esses pecados, mas, sim, juízo e castigo.

Deus nos resgatou de nossos pecados que nunca poderíamos pagar, exceto com a morte. No entanto, se esquecermos a graça de Deus e pecarmos novamente, somos como aqueles que profanam o precioso sangue da Páscoa da Nova Aliança. Pode ser dada a salvação para aqueles que insultam o Espírito da graça, em vez de agradecer a Deus pela graça da salvação? De maneira nenhuma.

Uma vez que tenhamos recebido corretamente Deus e permanecemos nele, devemos mudar para uma atitude diferente em relação à vida que tínhamos antes de conhecermos Deus. Sejamos os filhos de Deus que respondem a sua séria voz que nos chama, ao render culto a ele em espírito e em verdade.

Os santos que se esforçam para se reunir

Os israelitas do Antigo Testamento se associaram a Deus por continuamente oferecerem sacríficos a Deus durante todo o ano. Cada manhã e tarde ofereciam o holocausto contínuo e também os sacrifícios semanais do dia de sábado e as sete festas de três tempos anuais, para assim poderem se comunicar com Deus.

Deus substituiu o complicado e difícil sistema de sacrifícios do Antigo Testamento pelo sistema simples de cultos da Nova Aliança, ao adentrar na época do Novo Testamento. Como resultado, temos sido capazes de dar graças e glórias a Deus por meio dos cultos sem dificuldades inclusive na sociedade moderna. Portanto, se não participarmos dos cultos para adorar a Deus, seremos aqueles que esquecem a graça de Deus que nos salva do pecado digno de morte eterna.

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” Hb. 10:24-25

Na igreja primitiva havia aqueles que tinham o mau costume de deixar de se congregar. O apóstolo Paulo, que seguiu completamente os ensinamentos de Cristo, repetidamente instou os membros da igreja primitiva a não seguirem maus hábitos, mas, sim exortar uns aos outros a se reunirem ainda mais.

Em circunstâncias inevitáveis como os desastres naturais, nos é permitido render culto em casa; porém, exceto nesses casos, necessitamos nos reunir sempre nos cultos segundo os ensinamentos de Deus. Ele quer nos abençoar com os sagrados cultos que o dedicamos, esforçando-nos ainda mais para nos reunir, à medida que o dia da salvação se aproxima. Deus avisa seu povo para que “congreguem” antes do dia do juízo profetizado, dizendo que os humildes que cumprem o que lhes é ordenado serão protegidos naquele dia (Sf. 2:1-3).

Deus nos escolheu dentre tantas pessoas que estão vivendo sem esperança nesta terra, fez uma aliança conosco mediante o culto e revelou claramente a sua vontade de nos levar ao reino dos céus. Ofereçamos plenamente cultos sagrados a Deus com todo o nosso coração e, assim, recebamos a abundante graça de Deus e suas bênçãos. Sejamos a família de Sião que dá graças e glórias eternas a Deus Elohim por nos permitir oferecer um culto cheio de graça e formosidade.